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Sertão do Araripe e Serra da Capivara receberão aporte financeiro do FIPA


Aproximadamente R$ 300 mil serão investidos pelo Fundo de Incentivo Produtivo e Ambiental (FIPA) nos territórios, cujo objetivo será viabilizar a entrada qualificada dos produtos no mercado e superar as principais dificuldades

Incremento financeiro irá beneficiar, aproximadamente, 700 famílias dos dois territórios. Foto: Acervo Projeto Algodão

O Projeto Algodão em Consórcios Agroecológicos, por meio do Fundo de Incentivo Produtivo e Ambiental (FIPA), fará um aporte financeiro da ordem de aproximadamente R$ 300 mil, divididos para os territórios do Sertão do Araripe (PE) e Serra da Capivara (PI). O objetivo será viabilizar a entrada qualificada dos produtos no mercado e superar as principais dificuldades, evitando que a produção termine no mercado informal. Os recursos serão aplicados no processo de beneficiamento, logística de armazenamento e capital de giro durante o processo do algodão. O parecer de aprovação foi dado pelo comitê responsável pela análise dos projetos e divulgado na última quinta-feira (05). Serão beneficiadas a Associação dos Produtores e Produtoras Agroecológicos do Semiárido Piauiense (APASPI) e a Associação de Agricultoras e Agricultores Agroecológicos do Araripe (Ecoararipe), de Pernambuco.
No Sertão do Araripe (PE), onde temos as organizações Caatinga e Chapada como parcerias do projeto, o Fundo destinará recursos para a reforma de um galpão cedido pelo Caatinga. O prédio está instalado no município de Ouricuri, numa região estratégica para as mais de 400 famílias agricultoras que estão produzindo algodão dos municípios de Ouricuri, Trindade, Araripina, Ipubi, Santa Cruz, Santa Filomena, Parnamirim, Bodocó, Exu e Granito. No território piauiense, onde nossa parceira local é a Cáritas Diocesana de São Raimundo Nonato, o projeto é para a construção de um galpão de 100 metros quadrados para exercer as mesmas funções do equipamento pernambucano.
Além disso, para ambos territórios os valores ainda contemplarão outras ações como, por exemplo, a instalação de um campo de multiplicação de sementes e a criação do fundo rotativo solidário que irá ajudar às famílias a prepararem o terreno no tempo certo para o plantio, assim como capital de giro para o processo de comercialização.
“O projeto pensou nesse fundo, exatamente, para suprir as necessidades desses territórios que não foram contempladas na elaboração do projeto. Verificamos esses gargalos e sugerimos que as associações elaborassem seus projetos para que o Fundo pudesse aprovar e liberar esses recursos. O momento é de festejar essa conquista, uma vez que dada essa estrutura concluída e funcionando, o algodão e até outras culturas serão inseridas mais rapidamente no mercado consumidor”, disse o assessor do projeto algodão, Ricardo Blackburn.