Elaboração de protocolo para a pós-colheita do gergelim com certificação orgânica participativa valoriza cadeia de valor dos produtos
A iniciativa de criação do protocolo de boas práticas visa orientar agricultores e agricultoras no cumprimento de requisitos necessários para a garantia da qualidade de produtos que serão comercializados, além de facilitar a comercialização justa

O acesso a mercados e valorização de produtos no comércio justo são objetivos presentes na realidade de agricultoras e agricultores que integram os Organismos de Avaliação da Conformidade Orgânica (OPACs). Para que essa necessidade de expansão e fortalecimento da organização social seja atendida, o Projeto Algodão em Consórcios Agroecológicos, coordenado por Diaconia, desenvolveu um conjunto de regras e orientações para o processo de pós-colheita do gergelim com certificação orgânica participativa.
“O protocolo visa criar boas práticas de colheita, armazenamento e limpeza dos produtos, onde através dela vamos eliminar alguns insetos primários como o gorgulho e as traças para evitar as perdas que ocorrem no processo de colheita, principalmente no gergelim. Então esse processo está sendo construído para orientar aos agricultores e agricultoras na preparação do produto pós-colheita a ser levado ao mercado orgânico”, explica Helio Nunes, engenheiro agrônomo de Diaconia.
Entre as diversas orientações presentes no protocolo, o agricultor Lídio Parentes, que é membro da Associação de Agricultores e Agricultoras do Território do Araripe (Ecoararipe/PE) e reside no município de Parnamirin/PE, demonstra que já está colocando em prática os conhecimentos sobre a colheita, secagem e finalização do produto para venda. “O gergelim deve ser colhido quando as primeiras capsulas começarem a secar. É nesse processo que a gente vai fazer a secagem que é em cima de uma rede. É importante que não arranque o pé para que se possa fazer uma melhor distribuição dentro da rede”, explica.
Já segundo o coordenador do Projeto Algodão em Consórcios Agroecológicos/ Diaconia, Fábio Santiago, a iniciativa integra um conjunto de estratégias que visam autonomizar a renda das mais de 800 famílias agricultoras vinculadas ao projeto nos sete territórios do semiárido nordestino onde atua.
“Apesar do algodão ser a força motriz desse processo de comercialização e inclusão através da venda coletiva pelo OPAC, também é fundamental que exista a estruturação de outras cadeias produtivas. Então, o gergelim faz parte dessa estratégia de modo que a comercialização seja feita de forma coletiva pelo OPAC, fazendo com que haja incremento de renda para as famílias agricultoras, além de gerar uma melhor capitalização do fundo de incentivo de autonomia financeira dos OPACs”, afirma.
Para saber mais sobre o conjunto de procedimentos elaborados pelo Projeto Algodão em Consórcios Agroecológicos para a pós-colheita do gergelim com certificação orgânica participativa, acesse o vídeo completo no nosso canal do Youtube: https://youtu.be/JwvEtCN7dOw.
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